Um “mini-Golf”. É assim que a próxima geração do Gol vem sendo chamada nos corredores da Volkswagen. Informações dão conta de que já existem 10 protótipos em testes pela área de desenvolvimento, aprovados inclusive pela matriz em Wolfsburg. A VW da Alemanha, aliás, nunca teve tanta preocupação com um novo Gol como desta vez. Sabendo da importância estratégica do mercado brasileiro e do seu campeão de vendas, veio de lá a diretriz de seguir o design do Golf VII, um carro mundialmente aclamado, além da aprovação para usar a moderna arquitetura MQB – a mesma do Golf e de mais de 40 novos modelos do Grupo VW.
Pressionado pela concorrência dos Fiat Uno e Palio, Chevrolet Onix e Hyundai HB20, entre outros, o Gol ainda mantém a liderança de mercado com certa folga. Mas a Volkswagen sabe que será preciso se mexer para se manter no topo, e por isso está preparando uma mudança radical para seu best-seller. Além da plataforma MQB (que já estará sendo aplicada aqui no Golf brasileiro e no próximo Fox), o Gol também ganhará novos motores e (atenção entusiastas!) contará com o retorno da mitológica versão esportiva GTI.
É o que antecipa a revista Motor Show de março, que chegou às bancas nesta sexta-feira (28). Numa parceria entre a publicação impressa e o CARPLACE para colaboração em reportagens de segredos (eles já usaram nossas projeções do novo Ford Ka na capa de uma edição), trazemos em primeira mão na internet o que esperar do novo Gol. Vamos aos detalhes:
- A VW já trabalha junto a fornecedores na confecção das peças do novo carro. O prazo estipulado pela marca para que o Gol “G6″ fique pronto é fim de 2015, com chegada ao mercado no primeiro semestre de 2016. A “luta” dentro da fábrica é para manter os custos enxutos de forma que o preço não fuja muito dos patamares do modelo atual.
- No entanto, com o lançamento do pequeno up! como modelo de entrada da VW, o Gol fica livre para subir na vida. A tendência é que o Polo (esquecido pela VW brasileira) seja descontinuado até o fim de 2014 e um novo Fox, também com a base MQB, tome o lugar dele como compacto premium da marca. Mas o Fox renovado manterá o jeito “altinho” de ser, com ênfase no espaço interno. O novo Gol então ficaria como opção intermediária entre os compactos da Volks, atuando (em termos de posicionamento de preço) onde hoje se encontra o Fox.
- O design, como mandou a matriz, beberá na fonte do Golf. Não chegará a ser uma revolução total se comparado ao Gol atual, mas o carro ganhará aspecto mais robusto, com a coluna “C” mais larga e vincos para transmitir a sensação de carro “no chão”. A dianteira manterá os faróis retilíneos e bem destacados, porém com layout mais próximo ao do Golf. Já a traseira é a parte que mais se assemelhará ao Gol de hoje, com placa no para-choque, tampa vincada e lanternas nas extremidades – sem invadir a tampa para não aumentar o custo de produção.
- Não são esperadas mudanças significativas no porte do Gol, que deve crescer no máximo até os 4 metros de comprimento. A boa nova é que o interior também terá o Golf como referência, passando a trazer um painel com desenho semelhante ao do hatch médio. O quadro de instrumentos, por exemplo, terá o velocímetro e o conta-giros bem grandes, com direito ao aro cromado nos mostradores das versões mais caras. Já os pedais, hoje deslocados à direita, ficarão em posição mais central, melhorando a ergonomia. Também espera-se que os comandos dianteiros dos vidros elétricos traseiros sejam transferidos para a porta (hoje ficam no centro do painel) o atual esquema de ajuste de altura do banco seja trocado por um de catraca, como já encontramos até no up!.
- A mecânica será toda composta pela nova família de motores EA-211: 1.0 12V de três cilindros e 82 cv, o novo 1.6 16V de 120 cv (que estreia em breve sob o capô da atual Saveiro) e o 1.4 TSI em versão flex (que vai estrear no Golf nacional) equipando o esportivo GTI. Para o 1.4 turbinado, é esperada potência na casa dos 150 cv e torque ao redor dos 26 kgfm com etanol – força suficiente para levar o novo Gol de 0 a 100 km/h em menos de 8 segundos e alcançar 210 km/h de máxima. As versões mais baratas manterão o câmbio manual de cinco marchas, com opção do automatizado i-Motion, mas o GTI poderá receber a caixa DSG de sete marchas do Golf. A assistência da direção será elétrica em todos os modelos.
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